Santa Josefina Bakhita é uma dessas pessoas cuja história de vida é pouco conhecida, mas que é repleta de ensinamentos. Por isso, listamos 5 coisas que provavelmente você não saiba sobre ela que podem ajudar a torná-la mais conhecida entre os católicos. Leia e se encante por ela você também!
É a primeira santa africana
Nascida em 1869 no Sudão – África, Santa Josefina Bakhita viveu em tempos de escravidão. Ainda muito menina, aos 9 anos, foi raptada por traficantes de escravos, espancada e vendida por cinco vezes nos mercados do Sudão. Experimentou humilhações, sofrimentos físicos e morais. O seu corpo ficou marcado com 144 cicatrizes que lhe acompanharam até a morte. Apesar dos sofrimentos, mesmo ainda criança, sentia a presença de Deus sem ao menos saber quem era Ele.
Seu nome não era Bakhita
O trauma causado pelo rapto e pelas surras foi tão grande que a menina esqueceu-se do próprio nome. Um de seus raptores passou a chamá-la de Bakhita – que significa “afortunada”, nome que fora depois adotado por ela.
Ainda como escrava, da África partiu para a Itália
Um cônsul italiano que vivia no Sudão, comprou Santa Josefina Bakhita no mercado de escravos. Mas, desta vez, a menina passou a ser tratada com cordialidade, ninguém mais usava o chicote para lhe dar ordens. Quando o cônsul precisou retornar para a Itália, Bakhita pediu-lhe que ele a levasse também. Durante a viagem, ela conheceu outra família e se afeiçoou a eles. Ao desembarcarem neste novo continente, o cônsul permitiu que sua escrava fosse viver com essa nova família com quem mantinha laços de amizade. Logo a família experimentou a alegria da chegada de uma nova filha. A escrava – amiga cuidava da criança.
A providência Divina a conduziu para a liberdade
Anos depois, essa família precisou viajar para o exterior devido aos seus negócios, porém decidiram deixar Santa Josefina Bakhita e a criança aos cuidados das Irmãs Canossianas do Instituto dos Catecúmenos de Veneza. Foi neste lugar que ela conheceu o Evangelho.
Cada dia que passava dentro daquele instituto despertava nela um ardoroso amor por Jesus. Fez o catecumenato, recebeu os Sacramentos da Iniciação Cristã e adotou um novo nome: Josefina. Frequentemente alguém a via beijando a pia batismal, e quando questionada do porque desse gesto, a santa respondia: “Aqui me tornei filha de Deus!”.
Pediu pra ficar com seu último Patrão
Quando sua patroa retornou à Itália, decidida, Santa Josefina Bakhita comunicou que desejava permanecer com as Irmãs Canossianas. Queria servir a Deus – a quem chamava de “Meu Patrão”. Olhando para sua própria história, Santa Josefina Bakhita reconhecia os sinais da presença de Deus, os Seus cuidados e o Seu amor.
Era conhecida como a Irmã Morena
Santa Josefina Bakhita continuou seus estudos junto às Irmãs e sentiu o chamado de Deus para tornar-se religiosa na Congregação das Filhas da Caridade. Foi, então, que em 8 de dezembro de 1896, ela se consagrou a Deus. Ela viveu em Schio, onde era carinhosamente chamada de “Irmã Morena”.
Por mais de 50 anos se dedicou à Congregação passando por diversas funções. Sempre cumpriu suas tarefas com zeloso amor e com um belo sorriso no rosto. O seu mais íntimo desejo era tornar Jesus conhecido por todos. Certa vez, disse: “Sede bons, amai a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se, soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!”.
Santa Josefina Bakhita partiu para junto de Deus em 1947. Esteve muito doente, mas não se queixou. Aos que perguntavam como se sentia, ela respondia: “Estou como o Patrão quer”.
Sua fama de santidade logo se espalhou. No ano 2000, o Papa São João Paulo II canonizou a Irmã Morena. O milagre que permitiu o reconhecimento da sua santidade aconteceu no Brasil. Em 1992, Eva Tobias da Costa, diabética, sofria com diversas feridas no seu corpo que nunca melhoravam. Ela rezou e esfregou em suas feridas uma imagem da Santa Josefina Bakhita pedindo a sua intercessão. De forma milagrosa as feridas foram curadas.
Santa Josefina Bakhita, rogai por nós!