5 fatos sobre a infância espiritual de Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Teresinha do Menino Jesus tornou-se muito conhecida entre os católicos pelo conceito da Infância Espiritual. No entanto, o que muitos não sabem é que a via da Infância Espiritual está muito longe de ser algo que infantiliza nossa espiritualidade.

Conheça 5 fatos sobre a Infância Espiritual que podem te convencer de que você também precisa viver essa espiritualidade.

A Infância Espiritual pressupõe confiança

A via da Infância Espiritual existe desde os primórdios da Igreja. O próprio Jesus disse: “Eu te bendigo, Pai, Senhor do Céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” (Mt 11,25). E ainda: “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará” (Lc 18-16-17).

Trilhar pela via da Infância Espiritual só é possível com confiança. Santa Teresinha, explicando a si mesma porque seguir por essa via, diz: “Quero procurar o meio de ir para o Céu por uma pequena via, bem direta, bem curta, um pequeno caminho todo novo”. Nesse caminho se aprende a “permanecer pequeno diante de Deus, reconhecendo o seu nada, esperando tudo do bom Deus, como uma criancinha espera tudo de seu pai” (A história de uma alma. Santa Teresinha do Menino Jesus).

Na via da Infância Espiritual, explicou a santa em seus escritos, aprendemos a “permanecer pequeno diante de Deus, reconhecendo o seu nada, esperando tudo do bom Deus, como uma criancinha espera tudo de seu pai”.

É uma via a ser percorrida por todos que desejam agradar a Deus

Foi por meio de Santa Teresinha do Menino Jesus que a via da Infância Espiritual ficou conhecido na Igreja. No entanto, ela foi vivenciada por muitos outros santos, antes e depois de Teresinha, que em tudo buscavam agradar a Deus.

Teresinha, apesar de morrer tão jovem, aos 24 anos, viveu tempo suficiente para saber que todo cristão é chamado a viver a santidade – teoria que mais tarde, quase cem anos depois, foi promovida pelo Concílio Vaticano II: “Portanto, ainda que, na Igreja, nem todos sigam pelo mesmo caminho, todos são, contudo, chamados à santidade, e a todos coube a mesma fé pela justiça de Deus” (Lumen Gentium, 32).

Mais recentemente, reforçando o propósito de que a santidade é para todos, o Papa Francisco publicou uma exortação apostólica com a qual desafia os católicos. “O meu objetivo é humilde: fazer ressoar mais uma vez o chamada à santidade, procurando encarná-la no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades, porque o Senhor escolheu cada um de nós ‘para ser santo e irrepreensível na sua presença, no amor” (Gaudete et Exultate, 2).

A Misericórdia de Deus é nosso guia na via da Infância Espiritual

Nos seus escritos, Santa Teresinha testemunhou: “Recebi a graça de compreender quanto, mais do que nunca, Jesus deseja ser amado”. Ela amou Jesus intensamente, acreditando no Seu amor por todos nós. Contudo, ela sabia que não se trata de um amor qualquer: “A mim deu-me o Senhor a Sua Misericórdia infinita e é através dela que contemplo e adoro as outras perfeições divinas!… Então todas aparecem plenas de amor: a própria Justiça (e talvez até mais do que qualquer outra) me parece impregnada de amor”.

Vivendo a Infância Espiritual, Santa Teresinha teve o entendimento de que o amor de Deus é concretamente a Sua misericórdia. Aquela mesma misericórdia que moveu o pai a correr ao encontro do filho que regressava, conforme o próprio Cristo narra na tão conhecida parábola bíblica do Filho Pródigo (Lc 15,11-32).

 A humildade é um dos frutos da Infância Espiritual

Em um de seus manuscritos, Santa Teresinha escreveu que Deus chama à santidade não apenas homens e mulheres sábios, mas “uma legião de almas pequeninas”, ou seja, pessoas que humildemente se reconhecem pecadores e necessitados do amor e da Misericórdia Divina.

O crescimento espiritual é diferente, e até oposição, do crescimento biológico. Enquanto que biologicamente crescer pressupõe a independência, quando se fala em Infância Espiritual, o crescimento da espiritualidade nos torna cada vez mais dependente de Deus. Isso só é possível – reconhecer-se dependente de Deus – aos humildes. “Ser criança é ainda não atribuir a si própria as virtudes praticadas, acreditando-se capaz de alguma coisa; é reconhecer que o bom Deus coloca este tesouro na mão de sua criancinha para que ela se sirva dele quando precisar; mas é sempre o tesouro do bom Deus”.

É um caminho seguro para o céu

Na via da Infância Espiritual, como santa Teresinha, buscamos a santidade que é a perfeição de nossas vidas perante Deus. Essa perfeição, aponta a santa, consiste em fazer a vontade de Deus, “em ser o que Ele quer que sejamos”.

Dessa maneira, a via da Infância Espiritual é o caminho que nos garante o Reino de Deus. Foi por isso que Santa Teresinha desejou trilhá-lo. Ela escreveu: “Quero procurar o meio de ir para o Céu por uma pequena via, bem direta, bem curta, um pequeno caminho todo novo”.

Neste caminho, convém ao cristão não dar excessiva importância aos pecados cometidos e nunca desanimar, “pois as crianças caem com frequência, porém são pequenas demais para se machucar muito”. Só aquele que reconhece a própria precariedade, se permite ser carregado pelo próprio Deus que tanto nos ama e nos quer simples e pequenos.

Contemos com a intercessão de Santa Teresinha para que possamos experimentar verdadeiramente e com alegria a Infância Espiritual!

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