A oração é um diálogo de amor com o Senhor Deus, fruto de uma amizade sincera. O Papa Francisco disse, certa vez, que é da oração que “nasce em nós a capacidade de viver e de transmitir o amor de Deus, a sua misericórdia, a sua ternura aos outros”. Disso não temos dúvidas, mas o que muitos querem saber é se estão seguindo o caminho certo quando se trata de uma vida de oração. Se você também tem essa dúvida, te convidamos a fazer uma auto avaliação. Veja estas dicas!
Tenho o acompanhamento de um experiente diretor espiritual?
Algumas pessoas confundem confissão com orientação espiritual. São duas coisas bem distintas. Na confissão relatamos nossos pecados, pedindo o perdão de Deus, enquanto que na direção espiritual, contamos ao sacerdote o que Mestre tem nos revelado em nosso íntimo. Um diretor espiritual conduz nossa alma em direção à Vontade do Senhor.
Santa Faustina Kowalska dizia: “Oh, que grande graça é ter um guia da alma. Progride-se mais depressa na virtude, conhece-se mais claramente a vontade de Deus, cumpre-se mais fielmente essa vontade Divina, anda-se por um caminho certo e seguro” (Diário de Santa Faustina, 331). A mesma santa também orientou: “a alma fiel a Deus não é capaz de discernir por si só as suas inspirações; deve submetê-las ao controle de um sacerdote muito instruído e sábio” (Diário, 139).
Tenho me exercitado na prática das virtudes?
As virtudes são dons de Deus em nossa alma que nos predispõe à prática do bem. Quanto mais evoluímos na vida de oração, mais praticamos a caridade. Quanto mais experimentamos a misericórdia de Deus, mais misericordioso nos tornamos na vivência com os outros, e ao mesmo tempo, tanto mais alcançamos a Misericórdia do Senhor. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). Se ao observar a tua conduta você constatar que tem agido de maneira cortês e amável, mesmo quando algo te perturba, é sinal de que você tem evoluído na tua vida de oração.
Tenho abdicado da minha vontade para fazer a vontade de Deus?
Uma vida de oração frutuosa nos conduz a uma confiança ilimitada no Senhor. Uma confiança tão incontestável que nos permite abrir mão da própria vontade, dos próprios desejos, para realizar a vontade de D’Ele. Mais do que isso, o fruto de uma vida de oração coesa, nos leva, antes de qualquer decisão, a colocarmos tudo nas mãos de Deus confiando que Ele nos orientará o melhor a ser feito. Se você tem realizado isso, é sinal de que tem crescido na confiança absoluta nos planos do Todo-Poderoso. São Gregório já dizia: “Os homens, com a oração, merecem receber aquilo que Deus onipotente desde a eternidade decidiu dar-lhes”.
A vida de oração me confere um coração contrito?
Um dos frutos de uma vida de oração é um coração contrito, ou seja, verdadeiramente arrependido dos seus erros e pecados, humilde e disposto a emendar-se. A prática do sacramento da confissão nos ajuda muito, neste sentido, pois para confessar-se necessitamos de fazer um exame de consciência, reconhecendo a própria miséria e a necessidade do perdão de Deus. “O Senhor está perto dos contritos de coração”, nos indicou o salmista (Cf. Sl 33,19).
A oração é nossa força, é o caminho para o céu. Por isso, não desanime quando te faltar a vontade. Procure ser persistente para poder progredir, e logo colherá os frutos que uma vida de oração é capaz de te proporcionar.